Sob a luz do sol quadrado em sua cela, para ela, ele escreve:
"Quero rasgar-te todos os mistérios inexplicáveis.
Quero penetrar o teu espírito (alma ou o que quer que seja que você tenha) e mostrar-te todas as inquietações de quem vive em busca constante.
Quero abusar do teu corpo e da tua mente, e deixar-te marcas de todos os indecifráveis caminhos cósmicos.
Quero estuprar tua pureza e ingenuidade diante do infinito, todas as verdades ocultas nas sofisticações inatingíveis.
Quero arrombar teus orifícios cotidianos, todas as originalidades e estranhamentos.
Quero deflorar tua flor mais recatada, e partilhar dos atrevimentos que vão além da minha miopia comportamental.
Quero implodir tua inocência disfarçada no silêncio simulador, nos teus princípios estapafúrdios e também puros, embora dilaceradores.
Quero destruir impiedosamente tua mal disfarçada insegurança com todos os escancaramentos da verdade explícita que possuo.
Quero comer as torpezas escondidas na covardia do teu calar, todos os gritos de denúncia e de contestação.
Quero, enfim, arrancar abrupta e violentamente de ti todo e qualquer resquício de inverdade; destruir máscaras de hipocrisia; arrebentar grilhões de medos, prisões de cuidados, algemas de preocupações.
Liberdade! Eis o que o que te ofereço. Com uma ansiedade desmedida.
Liberdade para ser quem és. Para mandar a sociedade convencional, mão-única e mentirosa, ao raio que a parta ou à puta que a pariu.
Liberdade, por fim, para desposar o que de mais autêntico há em ti: Liberdade.
Obs: Adaptação de um texto já existente, que no momento não lembro o autor. Sorry!
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
E o que você vai ser, quando você crescer???
"Tudo flúi, tudo muda, tudo nasce e morre, nada permanece, tudo se dilúi; O que tem princípio tem fim, o que nasceu morre, e o composto se descompõe. Tudo é transitório , insubstancial e, portanto, insatisfatório. Não há nada fixo em que se aferrar...Então, Todo o BEM que eu puder fazer a qualquer ser humano, que eu o faça agora, que não adie e nem esqueça, pois não passarei duas vezes pelo mesmo caminho."
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
PEDRA DOS OPRIMIDOS
Juro que achei esse rascunho, em papel amassado e agredido pelas ruas, em frente a uma casa de recuperação, não lembro quando. Mas a coisa é de gente doida...hehe
Dizia o seguinte:
PEDRA DOS OPRIMIDOS
“Tudo exatamente não estando onde deveria estar. Não! Não! Não! Tudo fora de lugar. Toda crença que existia em mim, ou foi vendida, ou alugada está. Às vezes me sinto um porco burguês. Por tudo que tenho feito de errado. Por tudo de errado que tenho visto fazer, e nada faço. Imóvel e com os olhos fechados finjo não ver, mas vejo e sinto. Imobilizado pelas conveniências e pela ausência de coragem, sinto-me parte de tudo. Minha omissão me olha nos olhos, e com olhos de desapontamento me condena. Seu dedo apontado me fere atravessando a alma igual papel.
Assimetrias do futuro líquido. Aparências da moderna evolução. Pedras sobre pedras numa selva de concreto e mármore. A pedra prometida para os cansados do deserto. Gloriosa sociedade. Amante sem pudores. Prostituta fiel do capitalismo, a deitar-se em berço esplendido com seu corpo imundo e fétido. Eu te renuncio! Tuas mentiras maltrapilhas não me servem mais. Tenho vergonha do teu ventre e do teu sangue. Tenho vergonha de mim, pois me calo e sigo o rebanho. Tenho vergonha de saber quantas coisas existem que eu não preciso para ser feliz, mas que sinto a falta de não ter. Sinto vergonha pelo meu telencéfalo altamente desenvolvido e polegar opositor, que nem se envolve e nem se opõe. Gloriosa sociedade da decepção, eu te repudio três vezes. Em nome dos pais, dos filhos e de espíritos santos, amém. ”
Dizia o seguinte:
PEDRA DOS OPRIMIDOS
“Tudo exatamente não estando onde deveria estar. Não! Não! Não! Tudo fora de lugar. Toda crença que existia em mim, ou foi vendida, ou alugada está. Às vezes me sinto um porco burguês. Por tudo que tenho feito de errado. Por tudo de errado que tenho visto fazer, e nada faço. Imóvel e com os olhos fechados finjo não ver, mas vejo e sinto. Imobilizado pelas conveniências e pela ausência de coragem, sinto-me parte de tudo. Minha omissão me olha nos olhos, e com olhos de desapontamento me condena. Seu dedo apontado me fere atravessando a alma igual papel.
Assimetrias do futuro líquido. Aparências da moderna evolução. Pedras sobre pedras numa selva de concreto e mármore. A pedra prometida para os cansados do deserto. Gloriosa sociedade. Amante sem pudores. Prostituta fiel do capitalismo, a deitar-se em berço esplendido com seu corpo imundo e fétido. Eu te renuncio! Tuas mentiras maltrapilhas não me servem mais. Tenho vergonha do teu ventre e do teu sangue. Tenho vergonha de mim, pois me calo e sigo o rebanho. Tenho vergonha de saber quantas coisas existem que eu não preciso para ser feliz, mas que sinto a falta de não ter. Sinto vergonha pelo meu telencéfalo altamente desenvolvido e polegar opositor, que nem se envolve e nem se opõe. Gloriosa sociedade da decepção, eu te repudio três vezes. Em nome dos pais, dos filhos e de espíritos santos, amém. ”
domingo, 8 de agosto de 2010
Festival de Cinema De Gramado - Silvio conhece Gabi Herpes do sul:
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