Os pés nus contra o chão, e entre os dedos, o vai e vem da grama verde e da areia morna num valsear ao som da brisa. Sobre o espírito, a calmaria abre as asas carregando pensamentos.
Os olhos contraídos, em luta diante do sol (que mergulha rumo ao chão), se fecham de vez. E a tarde se esvai pelo tempo.
Um meio tom de silêncio surge no horizonte como a ausência do som de uma batalha épica e sangrenta, e incomoda. Só o vento sopra e toca o rosto pálido e húmido que agora sorri. Mas algo falta.
O coração mede o tamanho da saudade em léguas e palpita a distância. - É estrada nova de um velho caminho que desenha o futuro. Respirar fundo e deixar o ar entrar, - é o que dizem.
Logo que mude as estações, o destino mudará a canção. E um corpo inquieto vai tirar os pés do chão de vez. Manhãs irão chegar, e tardes se esvair em ventos que soprarão por todo teu corpo. E se perderão - rumo ao infinito...
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