Continuação de sexta-feira, 25 de junho de 2010
...agora o tempo visto à cada hora!
...Então, naturalmente, parte de mim censura essa sede pelo passar dos dias que a modernidade líquida insiste em sentir. Afinal, se o tempo é tudo que somos, quando passarmos, o que seremos? Enquanto isso, o transporte público enfim chega. São 25min de atraso, mas só parte de mim incomoda-se com isso. Também, não se pode fazer quase nada em 25min mesmo. Enfim, rostos estranhos lotavam o espaço, mas à minha direita, uma desarmonia simétrica denunciava a solidão de um “banco” livre. Sento. Minha outra parte, indiferente à minha preocupação com a aceleração temporal, me ignora e projeta 30min no tempo e espaço até a faculdade. Novamente espero. À minha frente um casal segue aos beijos. Ele a olha, enquanto ela, de olhos fechados, acaricia o lóbulo esquerdo da orelha dele, e o beija. O olhar dele desce, enquanto sua mão esquerda sobe em direção aos cabelos longos e negros dela... Continua!
Nenhum comentário:
Postar um comentário